sábado, 31 de julho de 2010

do medo

Desde o assalto eu acho que tudo de ruim vai acontecer. O carro vai bater, o ônibus vai tombar na curva, o prédio vai pegar fogo, alguém vai cair na linha do metrô, o trem vai descarrilhar, eu vou ter uma cãimbra durante a natação e me afogar.

Não que eu realmente ache que tudo isso vai acontecer, mas agora sei que existe a possibilidade. Claro que as possibilidades sempre existiram, mas antes do assalto eu nunca tinha parado para pensar nisso. E pensar tanto nisso tem me deixado doida e a falta de um aparelhinho que toque músicas enquanto eu ando por aí não tem ajudado.

Deve fazer quase um mês do susto e eu tenho melhorado, tenho pensado menos em todas as coisas ruins que podem acontecer, não só comigo, mas com todo mundo que eu gosto. Sou muito mais atenta e preocupada agora. Pensando bem, eu era um alvo super fácil, porque andava tranquila demais por aí.

Fico pensando como será que é ter um filho e não poder afastar todo o mal do mundo de perto dele. Mas o que me resta é comprar um ipod novo para distrair um pouco enquanto vou para casa abraçar o namorido e meus pais. Porque do lado deles eu me sinto segura.

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