domingo, 18 de outubro de 2009

Já é tarde e eu deveria estar dormindo. Tentei te ligar mas o seu celular cai na caixa postal. Sinto saudade, mesmo tendo te visto há menos de duas horas atrás.

Para passar o tempo li alguns textos que fui guardando através dos anos, nas minhas noites em claro na internet, esperando por algo que eu não sabia o que era. Os textos, todos eles, cheios de amargura e rancor. Alguns meus, muitos de outros. Todos azedos. E fico pensando quando será que mudei, da água pro vinho. A impressão que tenho agora é de que foi do dia pra noite, mas pensando bem... acho que não foi, não. Simplesmente porque era impossível deixar de ser tão amarga como eu era.

E não sou mais, nem um pouquinho. Esses sentimentos ruins foram se apagando, conforme você dava seus passos em minha direção. O primeiro dia que eu te vi, soube que era por você que eu esperava esse tempo todo. Quando você beijou minha mão e eu disse que ninguém nunca havia feito isso antes. Quando você me mandou sms fora do horário de trabalho me chamando de angel. Quando você disse que gostava de mim também. Quando você deixou a formalidade de lado e começou a conversar comigo em português. Quando você pegou na minha mão para atravessarmos a rua. Quando você me abraçou na esquina da escola enquanto eu esperava meus pais chegarem. Quando você me beijou. Quando você me contou a verdade da sua vida. Quando você chorou e me abraçou e colocou seu coração nas minhas mãos.

Obrigada por ter trazido paz para o meu coração.