segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Just breathe





'Cause you can't jump the track
We're like cars on a cable
And life's like an hourglass, glued to the table
No one can find the rewind button, girl
So cradle your head in your hands
And breathe, just breathe

There's a light at each end of this tunnel
You shout 'cause you're just as far in
As you'll ever be out
These mistakes you've made, you'll just make them again
If you only try turning around

And I feel like I'm naked in front of the crowd
Cause these words are my diary, screaming and loud
And I know that you'll use them, however you want to


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

"Esquecer e perdoar. É isso que dizem por aí. É um bom conselho, mas não muito prático. Quando alguém nos machuca, queremos machucá-lo de volta. Quando alguém erra conosco, queremos estar certos. Sem perdão, antigos placares nunca empatam, velhas feridas nunca fecham. E o máximo que podemos esperar é que, um dia, tenhamos a sorte de esquecer."

Grey's Anatomy

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Um dia de cada vez

Tenho sido chata, irritante, deprimida, chateada, chorosa. Meu melindre chegou ao nível mais alto. E ele continua aqui. Me amando, colocando sobremesa pra mim no pote maior, me distraindo, me animando, me fazendo rir.

Essa fase vai passar e as coisas serão melhores do que eram, porque é na dificuldade que a gente se une e se livra do que não soma.

Um dia de cada vez.

É fácil amar o outro na mesa de bar, quando o papo é leve, o riso é farto, e o chope é gelado. Nos cafés, após o cinema, quando se pode filosofar sobre o enredo e as personagens com fluência, um bom cappuccino e pão de queijo quentinho. Nos corredores dos shoppings, quando se divide os novos sonhos de consumo, imediato ou futuro. É fácil amar o outro nas férias de verão, no churrasco de domingo, nos encontros erotizados, nas festas agendadas no calendário do de vez em quando.
Difícil é amar quando o outro desaba. Quando não acredita em mais nada. E entende tudo errado. E paralisa. E se vitimiza. E perde o charme. O prazo. A identidade. E fala o tempo todo do seu drama com a mesma mágoa. Difícil amar quando o outro fica cada vez mais diferente do que habitualmente ele se mostra ou mais parecido com alguém que não aceitamos que ele esteja. Difícil é permanecer ao seu lado quando parece que todos já foram embora. Quando as cortinas se abrem e ele não vê mais ninguém na plateia. Quando até a própria alma parece haver se retirado.
Difícil é amar quando já não encontramos motivos que justifiquem o nosso amor, acostumados que estamos a achar que o amor precisa estar sempre acompanhado de explicação. Difícil amar quando parece existir somente apesar de. Quando a dor do outro é tão intensa que a gente não sabe o que fazer para ajudar. Quando a sombra se revela e a noite se apresenta muito longa. Quando o frio é tão medonho que nem os prazeres mais legítimos oferecem algum calor. Quando ele parece ter desistido principalmente dele próprio.
Difícil é amar quando o outro nos inquieta. Quando os seus medos denunciam os nossos e põem em risco o propósito que muitas vezes alimentamos de não demonstrar fragilidade. Quando a exibição das suas dores expõe, de alguma forma, também as nossas, as conhecidas e as anônimas. Quando o seu pedido de ajuda, verbalizado ou não, exige que a gente saia do nosso egoísmo, do nosso sossego, da nossa rigidez, para caminhar ao seu encontro.
Difícil é amar quando o outro repete o filme incontáveis vezes e a gente não aguenta mais a trilha sonora. Quando se enreda nos vícios da forma mais grosseira e caminha pela vida como uma estrela doída que ignora o próprio brilho. Quando se tranca na própria tristeza com o aparente conforto de quem passa um feriadão à beira-mar. Quando sua autoestima chega a um nível tão lastimável que, com sutileza ou não, afasta as pessoas que acreditam nele. Quando parece que nós também estamos incluídos nesse grupo.

Texto de Ana Jácomo

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Gennaro

Eu tenho 21 anos. Eu vivi pouco. Poucas coisas mudaram a minha vida. Ter viajado sozinha, ter casado aos 20, ter concentrado todos os meus esforços no lugar errado... Mas nada se compara ao Gennaro.

O Gennaro não mudou só minha rotina, ele me mudou. Ele é uma fonte inesgotável de amor e carinho e alegria e ternura. Ele me recepciona todo dia como se não me visse há semanas. Mesmo se eu só fui no andar de cima por dez minutos. Ele me percebe triste e me enche de lambidinhas, o que tem sido muito útil nos últimos dias.

O Gennaro é mais eficiente que terapia, ele me diverte mais que Friends, me anima mais que feriado prolongado, me faz acordar cedo sem reclamar e mesmo quando eu tropeço nele sem querer (ele tá em todo lugar o tempo todo) ele abana o rabo porque acha que eu tô brincando.

O Gennaro chegou e nasceu em mim uma mãe de canino que eu nunca imaginei ser.

Amo meu bichinho. Amo muito.