Eu tenho a sorte de um amor tranquilo, com sabor de fruta mordida. Eu tenho alguém que por mim tomaria banho gelado no inverno e deixaria de beber.
Eu tenho alguém exagerado, jogado aos meus pés, que não acredita em Deus e é cético mas crê na maior forca do mundo.
É o amor mais complicado e o mais simples pra mim. E a gente faria tudo outra vez.
Por minha causa, ele acredita em milagres. Um pelo outro, acreditamos em segundas chances. Terceiras. Quartas. Tudo vale a pena quando a alma não é pequena.
A gente é responsável por aquilo que cativa e se o resultado não é dos melhores a gente volta atras e tenta de novo.
Porque o amor é ferida que dói e não se sente. Dor que desatina sem doer. Não querer mais que bem querer. Estar preso por vontade e liberdade na vida é ter amor pra se prender.
Não ter nada em comum a não ser a vontade de estar junto como Eduardo e Mônica. É ensinar um ao outro a lidar consigo mesmo como Mônica e Chandler.
E hoje em dia, como é que se diz eu te amo? Como convencer o outro do amor? Continuando. Um dia após o outro.
Por nós, eu aceito a vida como ela é. <3
"A vida voa na sua cara, esbarra no seu rosto, suja sua vaidade, corrompe suas certezas, e você não pode fazer nada. A não ser lavar o rosto e começar tudo de novo." (Tati Bernardi)

domingo, 5 de agosto de 2012
quinta-feira, 14 de junho de 2012
14 de junho. Vinte e um.
Muita gente me desejou muita coisa hoje. E eu tô aqui pensando no que eu desejo pra mim.
Minha vida mudou muito, de um ano pra cá. Esse meu primeiro aniversário longe de "casa" me deu uma sensação esquisita, de se sentir homesick por um lugar que não é mais home. Minha casa é meu lugar, e a casa dos meus pais é só a casa dos meus pais. Mas senti falta de não ter um abraço deles a meia noite, brincar de fazer cócegas no sofá (todos nós somos muito maduros), de fazer brigadeiro na panela e ir dormir de madrugada.
Mas esse ano minha "virada" foi ao lado do Luiz. Meu marido, minha família.
Nosso cachorro ficou muito doente semana passada e isso nos uniu e nos mostrou que juntos, unidos, conseguimos superar qualquer coisa. Conseguimos consolar um ao outro, dar força quando o outro acha que já perdeu. O Luiz nunca ligou para aniversários. Mas ele faz um big deal nesse dia porque sabe que é importante pra mim. Amor é isso.
Nesse mais um ano de vida, eu desejo mais união. Que eu não me sinta sozinha, desamparada, com o mundo nas costas. Que eu continue sabendo dividir isso com alguém. Que eu me permita não ser tão independente e me doe mais. Que tudo doa menos. Que os momentos difíceis passem rápido, e me ensinem alguma coisa, como foi no último ano. Que eu não me desespere com os problemas, que eu não me sinta num elevador com defeito. Que eu saiba, no fundo, que tudo dará certo. Que eu continue o que comecei, que eu não desista, que eu não tenha tanta preguiça.
Que eu não seja uma dessas pessoas que tem tudo, mas não sabe ser feliz.
Muita gente me desejou muita coisa hoje. E eu tô aqui pensando no que eu desejo pra mim.
Minha vida mudou muito, de um ano pra cá. Esse meu primeiro aniversário longe de "casa" me deu uma sensação esquisita, de se sentir homesick por um lugar que não é mais home. Minha casa é meu lugar, e a casa dos meus pais é só a casa dos meus pais. Mas senti falta de não ter um abraço deles a meia noite, brincar de fazer cócegas no sofá (todos nós somos muito maduros), de fazer brigadeiro na panela e ir dormir de madrugada.
Mas esse ano minha "virada" foi ao lado do Luiz. Meu marido, minha família.
Nosso cachorro ficou muito doente semana passada e isso nos uniu e nos mostrou que juntos, unidos, conseguimos superar qualquer coisa. Conseguimos consolar um ao outro, dar força quando o outro acha que já perdeu. O Luiz nunca ligou para aniversários. Mas ele faz um big deal nesse dia porque sabe que é importante pra mim. Amor é isso.
Nesse mais um ano de vida, eu desejo mais união. Que eu não me sinta sozinha, desamparada, com o mundo nas costas. Que eu continue sabendo dividir isso com alguém. Que eu me permita não ser tão independente e me doe mais. Que tudo doa menos. Que os momentos difíceis passem rápido, e me ensinem alguma coisa, como foi no último ano. Que eu não me desespere com os problemas, que eu não me sinta num elevador com defeito. Que eu saiba, no fundo, que tudo dará certo. Que eu continue o que comecei, que eu não desista, que eu não tenha tanta preguiça.
Que eu não seja uma dessas pessoas que tem tudo, mas não sabe ser feliz.
domingo, 8 de abril de 2012
Pé quebrado e as coisas simples da vida
Acordei na hora de almoço no domingo, ouvi barulhos no andar debaixo e a curiosidade foi maior que a preguiça. Desci, e quase no fim da escada pisei em falso, torci o pé e cai em cima dele. Lembrando que eu não sou NADA leve. Ok.
Marido me viu caindo e começou a gritar "meu deus do céu" e eu só conseguia pensar "mas ele não é ateu?".
Ok, quebrei o pé, achei graça, recebi visitas, lavaram minha louça, ganhei chocolates e assisti seriados como nunca. Cansei de não fazer nada, reclamei, fiquei de saco cheio de ter companhia na hora de fazer xixi e de tomar banho sentada.
Fiquei entediada, me levaram no cabeleireiro, fiquei meio loira, não gostei muito mas vou continuar assim porque foi caro.
Hoje, finalmente, tenho um pé livre e a rotina volta ao normal. Calculo que vou cansar dela num prazo máximo de 72 horas. Veremos.
Marido me viu caindo e começou a gritar "meu deus do céu" e eu só conseguia pensar "mas ele não é ateu?".
Ok, quebrei o pé, achei graça, recebi visitas, lavaram minha louça, ganhei chocolates e assisti seriados como nunca. Cansei de não fazer nada, reclamei, fiquei de saco cheio de ter companhia na hora de fazer xixi e de tomar banho sentada.
Fiquei entediada, me levaram no cabeleireiro, fiquei meio loira, não gostei muito mas vou continuar assim porque foi caro.
Hoje, finalmente, tenho um pé livre e a rotina volta ao normal. Calculo que vou cansar dela num prazo máximo de 72 horas. Veremos.
sábado, 28 de janeiro de 2012
Um medo
Eu já tive medo de muita coisa. Medo da minha mãe morrer dormindo, por isso acordava de madrugada e ia no quarto dela ver se ela estava respirando. Medo de barata. Medo de vomitar. Medo do escuro. Medo da minha mãe descobrir que eu aprontei alguma. Medo de não conseguir preparar tudo pro casamento, um monte de medo bobo.
Mas hoje em dia, parando pra pensar, o que me dá medo é ser dependente e incapaz. Medo de sempre depender de alguém para alguma coisa. Operei as orelhas e fiquei um dia no hospital, com minha mãe me levando pra fazer xixi. Péssima sensação, de não poder nem fazer xixi sozinha. Medo de adoecer, de dar trabalho pra quem vive comigo, de não conseguir cuidar nem de mim.
Isso é medo de gente adulta? Cresci e ninguém me contou? Não acho foto pra coisa assim, abstrata. Vai sem.
Mas hoje em dia, parando pra pensar, o que me dá medo é ser dependente e incapaz. Medo de sempre depender de alguém para alguma coisa. Operei as orelhas e fiquei um dia no hospital, com minha mãe me levando pra fazer xixi. Péssima sensação, de não poder nem fazer xixi sozinha. Medo de adoecer, de dar trabalho pra quem vive comigo, de não conseguir cuidar nem de mim.
Isso é medo de gente adulta? Cresci e ninguém me contou? Não acho foto pra coisa assim, abstrata. Vai sem.
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
valores
Quando você tem um pai policial, aprende desde cedo o que é certo e o que é errado. Quando você tem um pai policial incorruptível, você aprende o que é inadmissível no caráter de alguém (seja polícia ou bandido).
Ter um pai assim me fez crescer com noções de realidade diferentes de outras pessoas, que não têm a mesma sorte. Sim, sorte. Tenho sorte e morro de orgulho de ter um pai militar, honesto, íntegro, do bem. Policiais não são valorizados, e eu não tô falando nem de remuneração. Um policial só recebe as honras que merece quando morre, e se morrer em serviço. Um policial passa a vida inteira colocando a vida dos outros acima da própria. Sai de casa, deixando família, sem saber se vai voltar. Corre perigo como policial e como civil, o tempo todo.
- Pai, você não tem medo de algo de ruim te acontecer? - vivo perguntando.
- Não. Quando a gente é do bem, coisas ruins não nos acontecem. - ele sempre responde.
Meu pai me ensinou, sendo apenas o que ele é, o quanto vale a pena a gente ser certo e do bem. E uma coisa que ele sempre diz: os ruins são a minoria. Bem comercial de coca-cola, porque meu pai é assim. Do bem.
Ter um pai assim me fez crescer com noções de realidade diferentes de outras pessoas, que não têm a mesma sorte. Sim, sorte. Tenho sorte e morro de orgulho de ter um pai militar, honesto, íntegro, do bem. Policiais não são valorizados, e eu não tô falando nem de remuneração. Um policial só recebe as honras que merece quando morre, e se morrer em serviço. Um policial passa a vida inteira colocando a vida dos outros acima da própria. Sai de casa, deixando família, sem saber se vai voltar. Corre perigo como policial e como civil, o tempo todo.
- Pai, você não tem medo de algo de ruim te acontecer? - vivo perguntando.
- Não. Quando a gente é do bem, coisas ruins não nos acontecem. - ele sempre responde.
Meu pai me ensinou, sendo apenas o que ele é, o quanto vale a pena a gente ser certo e do bem. E uma coisa que ele sempre diz: os ruins são a minoria. Bem comercial de coca-cola, porque meu pai é assim. Do bem.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
profissão
Há uns 10 anos eu ganhei um livro (novidade) de presente de Natal. Um livro sobre intercâmbio, que eu não lembro o nome, mas que contava a experiência do cara que fez o high school nos EUA. Achei interessante e fiquei com a idéia na cabeça. Mãe, quero fazer intercâmbio. Mas esse era o tipo de coisa que a gente pensava que só gente rica fazia, e né, não éramos ricos. Passou.
Alguns anos depois, a Experimento colocou uma propaganda no mural da escola que estudávamos (eu, inglês e minha irmã espanhol) e entramos em contato. Era acessível, apertando um pouquinho de cada lado dava pra fazer. Ficou decidido que minha irmã ia primeiro, pra Espanha, porque ela era mais velha (¬¬). Ela foi em 2008 e em 2009 chegou minha vez, eba.
A questão é que eu gostei tanto do processo todo, antes e durante, que voltei querendo trabalhar com isso. Não que eu não gostasse das aulas, eu adorava as aulas, os alunos, aprender com eles e eles comigo. Mas fazer parte, ajudar alguém a realizar o sonho do intercâmbio é lindo. Às vezes enche o saco, porque as pessoas insistem em me perguntar se podem levar feijão cozido na mala, mas eu realmente gosto muito de ser a intermediadora desse processo, dessa experiência surreal na vida de um monte de gente.
Consegui um emprego numa agência de intercâmbios e estou aqui há dois anos. Às vezes sinto saudadinha das aulas, mas quem sabe um dia eu consigo conciliar os dois.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
faculdade
Terminei o ensino médio e aquela sensação de não ser possível fazer a rematrícula para um quarto ano é bem estranha. Eu já dava aulas de inglês, me dava bem nas matérias de Português, Redação e Literatura e lia tudo que eu via pela frente. No automático, prestei pra Letras.
A decepção foi quase imediata. Ninguém tinha me contado que a faculdade era uma revisão do ensino médio. Talvez porque eu tenha feito um colégio puxado, a faculdade não me trouxe nenhuma novidade. As aulas de gramática eram uma tortura. Aprender a fazer análise sintática na faculdade, como assim? Essas coisas não deveriam ser pré-requisito?
Eliminei todas as matérias de língua inglesa e aguentei três anos de aulas de gramática e literatura repetidas. A faculdade era barata, perto de casa, só mais um semestre, e assim foi até terminar. Só não larguei o curso na metade porque não tinha idéia do que eu queria fazer. Nada chamava minha atenção, e largar um curso porque é um tédio e ficar sem fazer nada meio que dá no mesmo.
Sobrevivi, estou formada, e daqui uns anos eu penso em mais alguma coisa pra estudar. Por enquanto eu quero é ler romances de banca de jornal.
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